20.9.12

rede preguiçosa


estou indo agora para um lugar todinho meu...

chãos por aí.


Na faculdade tirei uma foto, e professor se admirou, e perguntou de onde era aquela textura. E eu falei: do chão do meu quintal. Um chão feio, de cimento, esburacado, mal cuidado. Ele se admirou, como quem nunca havia olhado para o chão na vida.
Já eu vivo olhando para o chão: este da foto, colorido pelo ladrinho hidraulico, com folhinhas caídas do inverno (onde???) seco de São Paulo. Esse é fácil olhar.

a mão dela | her hand


Foi essa mão que me fazia cafuné, que me ensinou a cozinhar, que me benzia com hortelã, que catou meus piolhos. Essa mão de pele fina e enrugada, mas ainda sim, com esmalte vermelho, sempre.


This hand used to stroke my hair. This hand taught me how to cook, blessed me with mint leaves. This hand picked lices from my head. This hand with a fragile and wrinkled skin, but still with a vivid red nail polish, always.


11.9.12

Café da manhã.

  

com açúcar, farinha branca e afeto.

Voltando



Chegamos na velha casa nova. Paredes pintadas, chão limpo com a ajuda da família que providenciou tudo antes da nossa tão esperada chegada. Passado um mês, ainda estamos 'em construção'. Exatamente como uma casa deve ser. Sempre tem algo para fazer, e graças a Deus sempre tem algo para fazer. Assim a casa está mudando sempre, sendo completada.

Tive um problema com essa mudança. Eu amo mudar. Mudança para mim significa a oportunidade de rever tudo o que temos. De perceber o quanto acumulamos, e o quanto vivemos. De jogar fora o que tinha esquecido que tinha. Afinal, se nem lembrava que a coisa existia, é porque de fato não preciso! Adoro essa sensação de me desfazer de coisas desnecessárias. E de começar novamente em um lugar novo, limpo e organizado. Só que voltamos para nosso apartamento, com nossos móveis, nossos utensílios de cozinha, nossos velhos lençóis, e alguma bagunça que eu tinha esquecido há dois anos. Foi como se minha vida aqui estivesse em pausa, e agora alguém apertou o play.

A sensação de novo, limpo e organizado ficou na expectativa. Passada a frustação, vamos olhar pra frente e ver o que temos que fazer. Mil e quinhentas coisas, mais ou menos, pensando assim rapidamente.

E claro, agora com bebê e sem estar trabalhando (afinal, as coisas custam $$$), eu acho que em 15 anos eu termino tudo o que estou querendo fazer. Sim, exagero é uma característica nata minha.
De qualquer forma, gostaria de me comprometer.

Gostaria de achar soluções boas, bonitas e baratas. Está aí um belo desafio. Você, leitora assídua - mãe, você não vale - vai me acompanhar nessa saga.
E lá vamos nós.